"Entrada só para os raros"
O Lobo da Estepe

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Essas crianças...

É incrível como é grande a diferença entre as crianças e os adultos, se você estiver em um ambiente em que ambos formam grupos, essa diferença será bem perceptível.

Nos adultos 90% das conversas são sobre problemas de todas as formas e geralmente quando surgem risos no meio das conversas os motivos são coisas passadas ou falhas de outras pessoas. É raro encontrar um assunto saudável ou mesmo um momento inocente, na verdade isso pode até acontecer - talvez se todos estiverem bêbados.


No grupo das crianças sempre há brincadeiras construtivas e criativas, os risos não precisam ser arrancados, apenas um olhar pode provocar uma gargalhada gostosa. Tudo é motivo de diversão. Ainda assim, percebe-se que muitas são um pouco os reflexos dos pais o que gera algumas intrigas mínimas entre elas, porém (ao contrário dos adultos) são acontecimentos que são esquecidos em minutos.

Enquanto ser humano, qual é o nosso objetivo? Falar de problemas e esquecer-se de rir? Perder a noção do valor que cada sentimento bom nos proporciona? Estaríamos nós vivendo ou apenas deixando que o tempo consuma a nossa magia? Melhor, seria isso mesmo uma evolução? Pode haver sim uma evolução no aprendizado, no trabalho, no conforto e etc... Todavia, os momentos bons entram em "involução", ou seja, a evolução das questões materiais provocando uma queda constante da magia existente na vida. Então, pode-se dizer que a sociedade atual vive para destruir tudo o que a vida nos deu desde criança. Todos deveriam respeitar as crianças, pois elas são grandes no que fazem e digo mais feliz é aquele que chamam de criança.

O que será que acontece na cabeça dessas crianças mágicas para se tornarem adultos tão amargos? A procura da felicidade é o que dizem. Aí eu pergunto "Como procurar algo que sempre existiu em nós?”



Será mania do ser humano gostar de perder e procurar eternamente?

3 comentários:

  1. Concordo com essa sua colocação, Angélique!
    Até porque hoje em dia, as pessoas se dizem maduras o suficente para entender que sempre estão certos, ou agindo corretamente, e julgam os outros por atitudes que na realidade são inocentes ou puras demais, e acharem que são crianças por isso. E é aí que entra uma contradição: É vergonhoso agir ingenuamente, só porque crescemos e isso não significa que nossa mentalidade não tenha evoluido o suficiente para que muitos digam que somos adultos????
    É realmente triste saber que existem seres humanos com essa mentalidade, apesar de se dizerem donos da verdade, mas que procuram algo que sempre foram capazes de fazer: REFLETIR! E pra isso, muitos querem se inserir em algum grupo ou o que quer que seja para serem aceitos como adultos. Perdem a personalidade que carregou desde pequeno justamente para se sentirem aceitos pela sociedade. Será que é preciso agir da maneira que a sociedade quer? Ou ser quem sempre foi, mas evoluindo com os erros que a vida nos traz, independente de ser infantil ou não? Fica a critério de cada um!!

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  2. Lendo mais uma vez e vendo que seus valores e inocências de quando você "era" criança ainda brigam com o seu ser adulto. Bom, muito bom!
    Angélique, a sua preocupação não é algo pequeno, muito pelo contrário, ela tem muita grandeza. Sim, as pessoas estão indo para um caminho meio que sinuoso. Muitas vezes, elas querem continuar procurando um meio de se encontrar em grupos e em lugares onde elas nunca estarão, justamente por não perceberem a criança que existe dentro de cada uma delas e deixando a magia de ser feliz por questões que as levam à se comportarem como verdadeiras crianças desequilibradas. Triste, pois elas não sabem mais onde se encaixar. Devemos sim evoluir, mas nunca devemos deixar de ser criança (essa é a felicidade e a certeza do ontem, do hoje e do amanhã.).

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  3. Já havia lido este texto e comentado contigo sobre as verdades incurtidas nele. Muito bom mesmo.
    O processo de adultificação destrói muito do que há de bom nas pessoas e hoje não se dá de forma natural. Somos orientados a seguir um padrão de como "ser adulto" que nos afasta dos pequenos encantos da vida.

    É cultivar o sorriso leve, o sorriso largo, e seguir pela vida como um bando de garotas perdidas e garotos perdidos!

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