Naquele espaço lotado de tristeza e agito fúnebre
Ela procurava desesperada por amigos
A boca semiaberta do impacto que seu coração sentia
Assustada com a ideia de permanecer nesse mundo sombrio
Pois a solidão não lhe agrada
O seu próprio “eu” tinha se perdido
No meio de tantas lembranças e dor
Ela se virou e me viu
Na porta da igreja, em pé, de mochila e nada conveniente
para a situação
Ela correu, de preto no salto, pelo corredor da igreja, o
rosto vermelho e as lágrimas caindo
Veio soluçar nos meus braços
Apertei-a, não sabia o que falar...
Naquele instante senti a importância de minha presença
Ela precisava de um ombro que não a julgasse
E assim, os outros apareceram
O rosto assustado foi aos poucos sumindo, pois ela havia
sido segurada por seus amigos
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